Verão em São Paulo é sinônimo de uma bomba relógio que é detonada, em especial na periferia da metrópole.
A combinação que molda o artefato reúne calor incessante e chuvas torrenciais que afetam a imensa maioria dos paulistanos.
Se, por um lado, o espocar da bomba paralisa avenidas e marginais prejudicando o tráfego, por outro atingem em cheio as zonas norte e leste que, desde dezembro, se esgueiram em meio a trágicas piscinas naturais recheadas de ratos e cobras mergulhadoras.
O prefeito da cidade, Gilberto Kassab (DEM), tem dito obras estão sendo feitas, mas que a Capital paulista cresceu desordenadamente e que o preço de tal crescimento está sendo pago aqui e agora.
Mesmo com tudo isso, ao invés de amaciar e desonerar o cidadão suficientemente fragilizado na sua paciência e no seu bolso, Kassab não titubeia e aumenta os impostos e as passagens de ônibus.
A própria imagem do prefeito caminha para rumos pouco imaginados quando da eleição de 2008. De esperança de renovação ao derrotar PT e PSDB na eleição municipal, que o fizeram de alguma forma ser lembrado para disputar o governo do estado, o prefeito do DEM parece enredado na mesma masmorra que engoliu seus antecessores. Logo ele que dizia que “tudo ia ser diferente”.
Pobre São Paulo.
Anderson Passos