Ilha de Concreto

Num País de leitores de títulos e linhas finas – quando muito se chega ao lead de um texto no jargão jornalístico – a Ilha de Concreto segue abrindo caminho com alguns textões, muita música, reflexões, entre outros. A você, raríssimo leitor, que chega por aqui e prestigia este cronista, envio um comovido agradecimento. e o convite para divulgar aos seus contatos essa nossa aventura.

Tag: Stella Artois

  • Chegando em casa, fui para a cozinha enquanto meu maninho Rennan Gueller apreciava as Stelinhas e os salgados como preview do nosso almoço. A Marisa Monte recém adquirida abriu os trabalhos na vitrola, que o Rennan comandaria pelo restante do dia.

    Almoço pronto, nos servimos e eu tive certa dificuldade para comer porque bebera um café da máquina nova e a cafeína prejudicou meus movimentos para levar o alimento à boca. No segundo prato eu já estava de boaça.

    Cervejada começou a pegar, puxamos os cigarros de piteira, enquanto Rennan investiu nos charutos. Hora do jogo e o som foi desligado. E nossa decepção com o Flamengo era notável. Quando em vez, eu invocava Luiz Carlos Júnior a berrar:

    “E agora Lédio?!” numa alusão ao comentarista Lédio Carmona.

    Jogo encerrado, Tim Maia, Buena Vista Social Club, entre outros desfilaram na vitrola na mesma proporção que a fumaceira e as Stellas iam embora.

    Bebemos 23 cervejas. Um grande encontro. que há de se repetir.

    Valeu maninho, Rennan Gueller.

  • O domingo (24) reservou-me uma surpresa inesperada. Digo dessa forma porque no meio da pandemia da Covid-19 eu não me pego falando com muitas pessoas regularmente. Na verdade, tenho me mantido reservado. Telefonemas mesmo eu troco com não mais do que três ou quatro pessoas nesses dias.

    Mas vamos à boa surpresa: ocorre que uma doce criatura que conheci há alguns anos aqui em São Paulo me enviou uma mensagem pelo messenger do Facebook. Faz mais ou menos dois anos que ela deixou a capital paulista de volta à sua terra natal, no nordeste.

    Lá atrás eu a conheci porque incumbi a ela cuidar das minhas mãos – não sou competente para cuidar delas ou mesmo dos meus pés. Daí que, não suportando mais as dores e incômodos, terceirizei e a minha situação ficou melhor porque sou um dos poucos sujeitos do mundo que encrava as unhas das mãos e dos pés num curtíssimo período de tempo. Nesses aspecto puxei à minha avó paterna, que tinha unhas de bruxa, muito embora exalasse doçura.

    Vamos ao messenger: o caso é que recebi uma foto de algumas garrafas de Stella Artois vazias seguida da mensagem:

    “Lembrei de você”.

    Fiquei lisonjeado, confesso. Era a última pessoa que devia ter qualquer motivo para me ter em suas memórias. Quando a conheci ela que já tinha um filho. Agora tem dois. Não fez menção ao pai de um e de outro, ainda que indagada sobre.

    Como registrei acima, ela vive no Sergipe e lembrou deste velho cidadão ao bebericar da cerveja que eu sempre lhe recomendara – e que hoje em dia nem bebo mais.

    Cobrei um prometido Malibu que ela ficou de me presentear – e que nunca chegou – das unhas dos pés que ela não conseguiu cuidar e insistia, diante de tanto sangue, que eu devia procurar uma podóloga.

    Lembramos da Stellinha e de quantas vezes ela fugiu de mim como peixe ensaboado indo ao Centro de Tradições Nordestinas (CTN), aqui na capital paulista, sem antes fazer um aquecimento aqui em casa.

    Enviei fotos da minha nova cerveja preferida, a Beck’s, que ela disse que não chegou no Sergipe. Falamos da vida difícil – felizmente ela mora em casa própria por lá – mas os clientes rareiam, o isolamento idem, o dinheiro nem se fala.

    Combinamos que numa vinda a São Paulo ela finalmente conheceria a Beck’s e que ela me levaria ao CTN. Perguntei se lá havia espaço kids para as crianças. Ela riu e disse que a avó cuidaria delas. Quanta irresponsabilidade.

    De repente, o caçula, de ano e meio, interrompeu a conversa porque precisava ir para a cama e estava rebelde. Findou-se a conversa.

    Trocamos o zap outra vez. São Paulo ficou gelada e o domingo e seu céu rosado foram se apagando. Mas confesso que me aqueceu a alma ser lembrado em pleno calor sergipano.

  • Após o expediente do jornal, eu e a colega Maria Carolina de Ré – que começa a ficar habituê por aqui – sentamo-nos à mesa de um bar e eu com ela bebi cerveja, sabedoria, persuasão, inteligência. Não se falou de doença. Ela falou pra cacildis, mas perceber o quão complexa e tão classuda essa menina é foi uma bela experiência.

    Até que de repente se falou sim foi em festa e, não mais do que de repente, eu passei a convidado de uma balada com amigos dela numa boldega ridiculamente próxima. Todo mundo gente de primeira e lhes peço perdão por não nominá-los como merecem. A festa estava muito doida – exceção ao DJ fraco – E sim, a Guinness e a Stella Artois estavam muito, estupidamente geladas.

    E Maria Carolina de Ré, por este ato, post, o que quiserem, se insere como uma viva e contagiante pérola de ouro.

    Mas ainda não acabou. Tem a cereja do bolo.

    Anderson Passos

  • Não apenas por conta do blog, mas pelas minhas atitudes, a Stellinha (Stella Artois), a minha musa belga, vem sendo reconhecida como uma bela cerveja.

    O capítulo mais recente dessa história foi uma visita não agendada do meu irmão, Everson Passos, no final de semana que passou. Fato é que, durante a semana passada, ele me ligara e combinamos um encontro e almoço fora na Avenida Paulista.

    Ocorre que outras tarefas me ocuparam e, quando ele me ligou no domingo, sugeri:

    – Almocemos cá em casa. A comida está pronta. Não tem por que gastar – ponderei

    E assim se fez.

    Na minha geladeira repousavam quatro garrafas de Stellinha.

    Mal chegado o convidado, perguntei:

    – Vai uma breja?

    E a cara arredia do meu irmão se desfez. Abri uma Stellinha pra ele dizendo que a achava saborosa.

    Meu irmão, que jamais a provara até então, aprovou a musa. E tomou ainda outra garrafinha. Enquanto eu almocei e, só depois de feita a digestão, abri uma garrafinha e disse comigo:

    – Stellinha, você é uma ‘dilícia’.

    Em tempo: do sul, o meu amigo de fé e irmão camarada Gilsinho me acena que lá já comercializam a garrafa de litro. Já pedi a remessa de uma mostra pelo correio.

    Anderson Passos

  • Como leram em outro post, elegi Stella Artois a minha mais nova musa em forma de cerveja. E, já que no título fiz menção ao temo milagre, lá vai.

    É que no final de semana que se foi meu irmão, também residente em São Paulo, veio visitar-me. Como já é tradição, fomos à Galeria do Rock e, contrariando as expectativas negativas ao meu convite para almoçar – que em geral são recusadas – ele aceitou.

    Propus então que eu preparasse um strogonoff, com direito a champignon – item que quase não uso em minha receita particolare – , e fomos ao supermercado comprar os ingredientes.

    Aproveitei a ida ao mercado para completar alguns itens que faltavam em minha despensa até que, ao final sugeri em forma de pergunta:

    – Bebe uma cervejinha no almoço?

    Meu irmão disse que não ia beber enquanto almoçava, disse que concordava com a medida, mas que antes ou depois do almoço bebericar uma brejinha não era de todo mau.

    Então ele apanhou duas latinhas de Itaipava enquanto eu apanhei duas Stellinhas, sugerindo a ele que provasse. Deixei mais ou menos implícito que eu as consumiria.

    Chegando em casa, preparei rapidamente o almoço e almoçamos. então ele apanhou as Itaipavas e, depois que terminei, apanhei minha primeira Stellinha.

    Perguntei se ele queria conhecer a minha nova musa, mas ele recusou. Então abri a dita, beberiquei e eis o milagre: meu irmão não me condenou nem fez menção de dizer nada em contrário. Antes, quase sempre, ficava contrariado em me ver bebendo.

    Espero que não tinha sido apenas um episódio de elegância e que a resistência dele se desfaça.

    Anderson Passos

  • Como sabem os cada vez mais raros leitores desse espaço, voltei a beber cerveja e, se nesse meu retorno “Mika Heineken” e Serramalte me encantaram de cara, eis que encontrei uma nova musa.

    Stellinha – ou Stella Artois – tomou a liderança do ranking com um sabor único e cristalino. O meu amigo Gilsinho já me falara dela e Roberta Lemes, ao passar uns dias comigo em Sampa, me convenceu da supremacia da musa belga.

    Ah muitas outras por saborear. Mas, por hora, Stellinha tomou a dianteira da preferência desse modesto blogueiro.

    Anderson Passos